sexta-feira, 19 de julho de 2013

Figuras da 1ª dinastia

A Figura de D. Sebastião

Nasceu em 20 de Janeiro de 1554 filho do príncipe D. João, jurado herdeiro do trono em 1554 e D. Joana de Áustria, filha de Carlos V. Morreu na batalha de Alcácer-Quibir em 4 de Agosto de 1578. D. Sebastião nasceu vinte dias depois da morte do seu pai, sendo por isso "O Desejado". Pouco inteligente e pouco culto ( Joel Serrão - Dicionário de História de Portugal ) de temperamento irrequieto e impulsivo, extraordinariamente vaidoso, nunca admitiu a mais pequena observação ou ouviu qualquer conselho. 

Ainda que tivesse ficado na história como O Desejado, as suas incapacidades de governante foram trágicas para Portugal, levando-nos em Alcácer-Quibir à nossa maior derrota militar, seguida da perda da independência. Os seus desequilíbrios mentais, agora muito na moda, são descritos em pormenor na História de Portugal de Veríssimo Serrão.


Fugia das mulheres e do amor como o diabo da cruz, tanto porque julgava esse sentimento efeminado incompatível com os seus hábitos guerreiros, e porque o seu espírito religioso lhe fazia ver o ideal da vida humana na castidade ascética. D. Sebastião tornou-se completamente um escravo dos jesuítas, que tudo tinham feito por lhe desenvolver o fervor religioso, que animavam o seu afastamento das mulheres, porque a influencia duma mulher, esposa ou amante, destruiria para sempre a influência do confessor. 

Como as cortes insistiam para que el-rei escolhesse noiva entre as princesas europeias, D. Sebastião resignou-se, e principiou a negociar-se o seu casamento com a célebre Margarida de Valois, irmã de Carlos IX. No entanto o embaixador francês em Lisboa escreveu a Carlos IX, indicando-lhe que D. Sebastião sofria de "blenorragia", estranha doença para quem detestava o sexo fraco, e assim os propósitos de casamento foram cancelados.

Durante uma viagem que fez pelas províncias, fugindo da peste de Lisboa, praticou as maiores extravagâncias. Mandava abrir os túmulos dos reis seus antepassados, extasiava-se diante dos que tinham sido guerreiros, mostrava o mais completo desdém pelos pacíficos, principiando a inspirar a todos os mais sérios receios esta sua índole destemperada e bravia que se curvava ao jugo dos jesuítas. 

Batalha de Alcacer Quibir
Ficou extasiado pelo tamanho das ossadas de D. Afonso III, e repreendeu severamente os restos de D. Pedro I no seu túmulo, que não foi aberto, pelas suas loucuras amorosas com Inês de Castro ! Os restos mortais de D. Sebastião foram sepultados no Mosteiro dos Jerónimos em 1582, com a presença de Filipe I de Portugal. Os negócios de Estado foram sempre um peso para ele, tendo sempre alijado em outros os cuidados da governação. 

Nunca casou," Falar-lhe em casamento é falar-lhe em morte" informava o embaixador de Espanha, e o padre José de Castro conhecedor dos arquivos secretos do Vaticano, dizia que o rei nunca casou porque não podia casar.

A Figura de Fernão Lopes

Fernão Lopes, ( 1380 - 1460 ), historiador português, o primeiro e maior dos cronistas reais portugueses e um dos melhores escritores de prosa em português do século XV. Ocupa um espaço especial na historiografia medieval portuguesa porque foi um dos primeiros a tentar chegar à verdade histórica através da evidência de documentos históricos.

Nada se sabe ao certo sobre a vida inicial de Fernão Lopes, e o seu nome é mencionado primeiramente em 1418, quando dirigiu os arquivos reais por largo tempo. Em 1434 o Rei D. Duarte pediu a Fernão Lopes para escrever as crónicas de Portugal desde as origens da monarquia até aos tempos de D. João I.


O novo cronista preparou-se para esta tarefa estudando os arquivos reais e viajando pelo reino examinando os arquivos monásticos e outros, observando epitáfios e familiarizando-se com a topografia de cidades e campos de batalha. Quando se retirou em 1454, tinha completado a sua história de Portugal até 1459.

Todas as suas crónicas até à morte de D. Afonso IV ( 1357 ) desapareceram até ao século XVI quando foram utilizadas por Rui de Pina, que fez uma transcrição incompleta das suas obras. Permaneceram intactas a Crónica de D. Pedro I, uma crónica mais elaborada Crónica de D. Fernando, e uma massiva Crónica de D. João I, que ainda que incompleta, tem cerca de 400 capítulos. Esta última foi o primeiro trabalho de Lopes a ser impresso em 1644. 

Como muito dos documentos em que Fernão Lopes se baseou para escrever as crónicas já desapareceram, o valor dos seus trabalhos é importante para o estudo da História medieval portuguesa. Fernão Lopes escreveu numa prosa rica, ligeiramente arcaica, com um distinto gosto popular, numa linguagem fluente , e o seu estilo foi característico do período em que viveu. 

Condensado da Enciclopédia Britânica

O sucessor de Fernão Lopes foi Gomes Eanes de Zurara, que continuou a crónica mas com um nível artístico muito mais reduzido. O seu trabalho principal foi a Crónica da Tomada de Ceuta e a  Crónica do Descobrimento e Conquista da Guiné 


Cronologia de Fernão Lopes

C. de 1380: Em Lisboa, numa família de camponeses ou de mesteirais, nasce Fernão Lopes. Terá frequentado a Escola Catedral de Lisboa. 

1418: Regista-se o mais antigo documento existente sobre o cronista, revelando a sua condição de Guarda-Mor da Torre do Tombo. Assinala-se também a sua posição como escrivão de D. João I e do infante D. Duarte. 

1419: Por ordem do infante D. Duarte, começa a redigir a Crónica dos Sete Primeiros Reis de Portugal; escreve depois as crónicas de D. Pedro e D. Fernando, bem como as duas primeiras partes da crónica de D. João I. 

1422: Exerce a função de escrivão da puridade do infante D. Fernando. 

1434: D. Duarte, acabado de subir ao trono, concede ao cronista uma tença de 14 000 réis anuais e carta de nobreza, como reconhecimento pelos seus méritos. Passa a usar o título de «vassalo de el-rei». 

1437: Na fracassada expedição a Tânger, fica também prisioneiro o seu filho, Mestre Martinho, médico de D. Fernando. 

1439: O regente D. Pedro confirma a tença concedida por D. Duarte, falecido no ano anterior. 

c.1443: Seu filho morre no cativeiro. 1449: D. Afonso V aumenta a tença anual para 20 000 réis anuais. 

1451-52: A idade avançada obriga-o a afastar-se do seu trabalho na Torre do Tombo vindo em 1454 a ser substituído no cargo de «guardador das escrituras do Tombo» por Gomes Eanes de Zurara. 

1459: Regista-se o seu envolvimento num litígio para deserdar um neto, Nuno Martins, filho bastardo do mestre Martinho. Fernão Lopes terá morrido pouco tempo depois, provavelmente em 1460.


Infante Don Pedro 

(Lisboa 1392-1449): Segundo filho de D. João I e de Filipa de Lancaster. Nasce em 9 de Janeiro de 1392. Durante a sua infância recebe uma cuidada educação e, desde 1408, acumula um importante património. João I l e dá-lhe a vila de Penela, os realengos de Campores e Rabaçal, o Castelo da Lousã, os Paços de Tentúgal e muitos outros senhorios.

D.Pedro era neto de John of Gaunt, 1º Duque de Lencastre e bisneto de Eduardo III, rei de Inglaterra..

AS SETE PARTIDAS DO MUNDO

O Infante D. Pedro assenta arraiais no ontem que perdura enquanto pressente o amanhã que tarda, terreno movediço, vacilações. Teme perder o equilíbrio, lusco-fusco das transições. Gostaria de saber e sentir o que se passa no resto do mundo e decide viajar. Não só para visitar e conhecer as principais Cortes da Europa mas também a Terra Santa e, se possível, o Reino do Preste João.

Com a anuência do pai e os bolsos recheados de dinheiro e cartas de crédito sobre banqueiros italianos, resolve partir de Portugal. Convida o seu irmão D. Henrique a acompanhá-lo. Mas este já está empenhado nas navegações ao longo da costa de África e pede escusas. Pede também que D. Pedro lhe recolha cartas de marear e narrativas de viagem de mercadores genoveses e venezianos e ainda que obtenha o máximo de informações sobre o Preste João das Índias.

Em 1418 o Infante D. Pedro larga de Lisboa acompanhado por numeroso séquito, cavaleiro andante. Quem fica a administrar as suas terras é o seu irmão mais novo, Infante D. Fernando. Apesar de ter apenas 16 anos, é varão ajuizado. A paz já está firmada entre Portugal e Castela e em Valhadolid encontra-se com o rei de Castela (afinal seu primo), o qual lhe cede alguns intérpretes de línguas orientais.

De Espanha ruma para a Hungria, onde o imperador Segismundo o acolhe calorosamente. Por ele, bate-se contra os hereges hussitas da Boémia e, durante cinco anos, envolve-se em batalhas na Alemanha. Recebe do imperador o feudo de Treviso. Em 1424 deixa Álvaro Gonçalves de Ataíde como governador de Treviso e dirige-se para Chipre e desta ilha para a Terra Santa, recapitulando o itinerário dos antigos cruzados.

Em Roma é recebido pessoalmente pelo papa Martín V. Estando em Flandres, escreve a seu irmão D. Duarte uma carta na que o aconselha sobre o bom governo do seu reino.
Na ilha de Patmos é recebido faustosamente por Amurat II, Sultão da Turquia. Pressente que a expansão otomana irá converter-se num grave problema para toda a Europa. Parte para Constantinopla e dali navega até ao norte de África, Alexandria e Cairo. Visita a Palestina e a Terra Santa. Regressa ao Cairo e em 1425 embarca para o sul da Europa.

Alcança Paris donde passa para a Corte da Dinamarca e daqui para a Inglaterra onde o seu tio Henrique IV, irmão de D. Filipa de Lencastre, o investe como Cavaleiro da Ordem da Jarreteira. Segue para Ostende, na Flandres, onde combina o casamento da sua irmã Isabel com Filipe, o Bom. Demora-se dois anos na Corte flamenga. Exerce influências para intensificar o comércio luso-flamengo. É de Bruges que, em 1427, escreve a D. Duarte, seu irmão, carta que há-de ficar famosa.

Em 1428 retorna à Hungria e daqui, como duque de Treviso, segue para Veneza, onde o doge o recebe com múltiplas dádivas, entre as quais um exemplar do Livro de Marco Polo que entregará mais tarde ao Infante D. Henrique. Ainda em Veneza compra um mapa-múndi com o traçado das vias comerciais entre o Oriente e a cristandade. Mapa-múndi que também oferecerá a seu irmão Henrique.

De Veneza avança para Roma onde é recebido pelo Papa Martinho V. Retorna à Península Ibérica. Combina o casamento de D. Duarte com D. Leonor, irmã do rei de Navarra. Também combina o seu próprio noivado com D. Isabel, filha dos condes de Urgel, Catalunha.Por Valhadolid, Zamora e Salamanca ruma para a Guarda. Chega a Coimbra em 19 de Setembro de 1428, mesmo a tempo de assistir ao casamento de D. Duarte com D. Leonor de Aragão. Dez anos demorou a viagem do Infante D. Pedro pelas “Sete Partidas do Mundo”. Muito viu e assimilou, muito sabe.

D. Pedro frisa que mais fortes são as nações que se impõem pela cultura e prestígio dos seus colégios e universidades e aponta como modelo as de Paris e Oxford. Também demonstra ter ideias muito claras sobre política financeira e social, eclesiástica, militar e judicial. Exige que se calem os interesses privados quando está em jogo o bem geral do país.Mas uma coisa é opinar como exercer o poder, outra será exercê-lo entre o ontem que perdura e o amanhã que tarda, vacilações que já veremos

No seu regresso casa-se com Isabel de Urgel e continua aumentando o seu património com doações da Coroa. Nas cortes de Évora de 1436 manifesta-se contrário à expediçãoción a Tánger e, depois do fracasso, és favoravel à devolução de Ceuta em troca da vida seu irmão Don Fernando. DEpois da morte de D. Duarte (1438) produz-se uma repartição de poder com Leonor de Aragão.

O agravamento das divergências produz o afastamento da raínha, que se exila em Castela. D. Pedro assume a regência e desenvolve uma política hostil à nobreza que apoiara D. Leonor. Manteve-se no poder até cerca de 1448 em que Afonso V o afasta da corte. Morre na batalha de Alfarrobeira lutando contra as tropas reais.

Cronologia do Infante D. Pedro

1392: Nasce em Lisboa o Infante D. Pedro, quarto filho de el-Rei D. João I e D. Filipa de Lencastre. -
1415: Morte da rainha D. Filipa de Lencastre. O Infante D. Pedro participa na conquista de Ceuta e ali é armado cavaleiro; no regresso é-lhe concedido o título de duque de Coimbra. -
1418 a 1428: Longa viagem do Infante D. Pedro às “Setes Partidas do Mundo”: as principais Cortes da Europa e a Terra Santa. -
1429: O Infante D. Pedro casa com D. Isabel, filha dos Condes de Urgel (Catalunha).
1433: Por morte d’el-Rei D. João I, D. Duarte sobe ao trono. -
1436: Nas Cortes de Leiria o Infante D. Pedro opõe-se à conquista de Tânger. -
1437: Durante a falhada conquista de Tânger é aprisionado D. Fernando: início do martírio do Infante Santo. -
1438: Morte de el-Rei D. Duarte. -
1439: Em virtude da menoridade do futuro Afonso V, o Infante D. Pedro (seu tio), assume a regência de Portugal. Isenta de impostos alfandegários os produtos do arquipélago da Madeira. Manda iniciar o povoamento dos Açores. -
1441: As Cortes aprovam o projecto de casamento de D. Afonso, o príncipe herdeiro, com D. Isabel, filha do Infante D. Pedro. Este concede ao Infante D. Henrique, seu irmão, o monopólio da navegação, guerra e comércio das terras para além do Cabo Bojador. -
1443: Em nome de D. Afonso V o Infante D. Pedro funda, em Coimbra, um novo Estudo Geral. Isenta de impostos alfandegários os produtos do arquipélago dos Açores. -
1444: Em nome de D. Afonso V, o Infante D. Pedro promulga as Ordenações Afonsinas. -
1445: D. Leonor, mãe de D. Afonso V, morre em Toledo. -
1446: Nas Cortes de Lisboa o Infante D. Pedro entrega o poder a D. Afonso V, mas este, com apenas 14 anos, pede que ele o ajude na governação do Reino. -
1448: Por intriga dos nobres, entre os quais o conde de Barcelos (também duque de Bragança) e o conde de Ourém, D. Afonso V dispensa os serviços do Infante D. Pedro. -
1449: O Infante D. Pedro é morto no recontro de Alfarrobeira (perto de Alverca).

A Figura de Cristóvão Colombo

Navegador e explorador genovês. Não se sabe a data de nascimento e até se nasceu ou não em Génova, e morreu em Valladolid em 20 de Maio de 1506. Assim, dizem que chegou a Lisboa em finais de 1476 como agente de comerciantes genoveses. Viveu dez anos em Portugal, e por cá casou, estudando tudo o que pôde sobre cartografia e navegação. 

Convenceu-se que seria possível atingir, cruzando o Atlântico, a Ásia pelo Ocidente.Portanto, segundo a teoria mais aceite, Colombo teria sido um tecelão de seda genovês, um homem simples da plebe.

Apesar dessa origem simples, Colombo teria bons conhecimentos de várias línguas (como o latim e o hebraico), dematemática, de cosmografia, de geometria, além de conhecer todos os instrumentos de marinha e navegação, a ponto de ter sido considerado por alguns como o mais instruído homem do mar em toda a Espanha.

Seria o tecelão mais instruído que jamais tinha havido na História da Humanidade !

Casou com a filha de Bartolomeu Perestrelo, em 1455, primeiro donatário da Ilha de Porto Santo e de Isabel Moniz, chamada de Filipa Moniz, que nasceu em 1430 e faleceu em 1484-85, também referida por autores posteriores como Filipa Perestrelo, Filipa Moniz Perestrelo ou Filipa Perestrelo Moniz, Filipa, enquanto donzela, viveu retirada no Mosteiro de Santos-o-Velho. Teve um filho Diogo Colombo Moniz nascido em 1474, que foi 2º Almirante e Vice-rei das Índias.Viveu na Madeira alguns anos, estudando ventos, correntes e destroços de plantas, árvores e madeiras que o mar ia depositando nas costas de Porto Santo.

Durante a sua estadia em Portugal, Colombo correspondeu-se com Paolo del Pozzo Toscanelli. Nessa correspondência passou intencionalmente a Toscanelli uma estimativa (incorreta) de que a distância era mais curta que a aceite pela Junta de Matemática de D. João II. Este órgão aceitava a afirmação de Ptolomeu de que a massa de terras (a Eurásia e a África) ocupava 180 graus da esfera terrestre, com 180 graus de mar.

Desembarque de Colombo


De facto só ocupa cerca de 120 graus. Colombo teria usado os cálculos de Pierre d'Ailly, acreditando que a massa ocupada por terras era de 225 graus, deixando 135 graus de mar e atribuindo um comprimento menor ao grau de longitude terrestre; estes factos, em conjunto com o globo de Martin Behaim, teriam tido a virtude de convencer os castelhanos, no Concelho de Salamanca onde apresentou o seu projeto a um grupo de religiosos e leigos, a patrocinar a sua expedição.

A circunferência verdadeira da Terra é de aproximadamente quarenta mil quilómetros. Colombo teria afirmado que era de trinta mil e seiscentos quilómetros, estimando assim que a distância ao Japão era de cerca de quatro mil quatrocentos e quarenta e quatro quilómetros.

Colombo conseguiu finalmente fazer aprovar o projecto da sua viagem junto dos Reis Católicos, após a conquista de Granada, com a ajuda do confessor da rainha Isabel de Castela. Os termos da sua contratação tornavam-no almirante dos mares da Índia a descobrir e governador e vice-rei das terras do Oriente a que se propunha chegar, em competição com os portugueses que exploravam aRota do Cabo.

Estas teorias e considerações, não conseguiram o apoio de D. João II, para tentar descobrir o caminho marítimo para a Índia navegando para ocidente, pois os seus especialistas já tinham um conhecimento mais perfeito das dimensões terrestres. Assim, Colombo procurou outros apoios, e consegui-os junto de Fernando de Aragão e de Isabel a Católica e partiu de Palos, a 3 de Agosto de 1492, com três pequenos navios, o Niña, o Pinta, e o navio almirante, o Santa Maria.

Avistou terra a 12 de Outubro, a actual ilha de São Salvador, e em poucas semanas chegou a Cuba e aoHaiti, regressando a Espanha em Março de 1493. Numa segunda viagem (de 1493 a 1496) visitouGuadalupe, Montserrat, Antígua, Porto Rico e Jamaica.

Na terceira viagem às Américas, em 1498, depois de atingir Trinidad, envolveu-se em disputas com os colonos enviados para o Haiti pelo que, em 1500, o governador mandou-o, acorrentado, de regresso a Espanha. Libertado e recompensado pelo rei, fez uma última viagem, a quarta, em 1502-04, na qual esperava encontrar um estreito que conduzisse à Índia, mas chegou ás Honduras, Costa Rica e Nicarágua.

Morreu pobre, em Valladolid, e foi sepultado na catedral de Sevilha. Transladado depois para a Catedral de São Domingos na ilha Hispaniola em 1542. Com a conquista desta ilha pela França em 1795, foi transladado para Havana em Cuba. Em 1898 durante a guerra Hispano-Americana, parte dos seus restos chegou a Sevilha, onde estão sepultados. Análise de DNA provaram em 2004, que os 200 gramas de ossos que estão em Sevilha pertencem a Colombo

Em 1968 o local do naufrágio do Santa Maria, afundado ao largo de Hispaniola em 25 de Dezembro de 1492, foi descoberto.

João Rodrigues Cabrilho - Chega à Califórnia


João Rodrigues Cabrilho, também conhecido como Juan Rodríguez Cabrillo, foi um navegador e explorador português do século XVI.

Ao serviço da coroa espanhola efectuou importantes explorações marítimas no Oceano Pacífico (costa Oeste dos actuais EUA) e terrestres na América do Norte, participando na conquista da Capital Azteca de Tenochtitlan , com o conquistador espanhol Hernán Cortés em 1521, participou também com Pedro de Alvarado e mais 300 europeus, na conquista dos territórios que compreendem hoje as Honduras, Guatemala e San Salvador, entre 1523 e 1535, ajudando a fundar Oaxaca (um dos 31 Estados do México).

Ao serviço da Espanha, no mês de Junho do ano de 1542, João Rodrigues largou amarras de Navidade, na costa Oeste do México, navegando para o Norte, e três meses depois alcançou a Baia de San Diego, tornando-se o primeiro europeu a desembarcar no que é actualmente o Estado da Califórnia.


Monumento a Cabrilho em San Diego-Califórnia
A nacionalidade portuguesa de João Rodrigues não oferece dúvidas, pois é o próprio cronista e Chefe das Índias Espanholas, D. António Herrera y Tordesillas, que na sua Historia General de los hechos de los Castellanos en lás Islas y tierra firme del Mar Oceano o confirma, ao dizer ter D. António de Mendonça aprestado os navios "São Salvador" e "Victoria" para prosseguirem na exploração costeira da Nova Espanha y que nombrô por Capitan dellos a Juan Rodriguez Cabrillo Português, persona muy pratica en las cosas de la mar ( em português: e que nomeou por Capitão deles, João Rodrigues Cabrilho, português, pessoa mui experimentada nas coisas do mar).

Morreu a 3 de Janeiro de 1543 no Sul do actual estado americano da Califórnia, desconhecendo-se o local da sua sepultura.

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